Este é um mito grego que escrevi há um ano.
A grande
batalha entre povos
Após ser enganado por Cronos, Ares,
que guardava as portas do Tártaro(a prisão dos deuses) foi obrigado a libertar
o titã.
Apesar de ser um deus, o icor (sangue
dos deuses) de Ares pingava por todos os lados, enquanto o deus lutava com
Cronos, o titã do tempo.
−Ah! − Ares gritou ao ter seu peito
perfurado pela foice do inimigo − Eu.. COF COF... Sou o deus da guerra... Nunca
me matará... COF COF...
−Você só se esqueceu de um detalhe −
só a voz de Cronos já provocava calafrios em quem a ouvisse −Que eu sou
Croonoooooos!
E então o titã cortou a cabeça de
Ares, que se desintegrou em pó.
3 MESES DEPOIS
−Lutem seus fracotes! − O guerreiro
Aquiles gritava para seus homens, que caiam aos montes.
Acontece que Cronos, ao sair de sua
prisão, utilizou todas as suas artimanhas e poderes temporais para colocar
Zeus, o rei grego dos deuses, contra Rá, o rei egípcio dos deuses. Com todos os
deuses gregos lutando contra os deuses egípcios, os mortais do Egito Antigo
também lutavam contra os guerreiros humanos da Grécia.
Enquanto Aquiles liderava os gregos
de Mecenas, Tutancâmon liderava os egípcios.
−Vamos! Matem aqueles malditos que
desonram o poderoso Rá! − disse Tutancâmon.
Espadas batiam contra lanças e os
gritos eram tantos que era impossível saber de qual lado eram as baixas.
Até Apófis, o Caos, parou de lutar
contra Rá e iniciou uma luta com Poseidon, o deus grego dos mares.
O herói grego Hércules lutava contra
Ramsés, faraó egípcio que tinha poderes do deus Hórus. Ramsés agitava seu
khopesh (espada com ponta curva) e golpeava o escudo de Hércules.
−Morra escória grega! Eu invoco o
senhor Hórus! − assim que disse isso, o faraó cresceu até se tornar um falcão
gigante que brilhava com uma luz azul, a personificação de Hórus, o deus da
guerra.
−Ah! É hoje que eu morro... − disse
Hércules.
A espada gigante de Hórus desceu
fazendo uma curva, e ele estavam prestes a decepar o grego quando uma voz
grossa e alta gritou dos céus:
−Saia de perto do meu filho seu
passarinho de uma figa! − Zeus lançou um raio em Ramsés, que simplesmente
desapareceu.
− Obrigado pai! − disse Hércules
pouco antes de desmaiar.
Enquanto isso, no céu, a batalha de
deuses acontecia de uma forma quase tão desagradável. Bastet, a deusa gata,
lutava contra a deusa grega da sabedoria Atena e Tot, deus egípcio do
conhecimento, lançava feitiços explosivos em Hermes, mensageiro grego dos
deuses.
As baixas eram grandes, tanto deuses
quanto mortais de ambos os lados morriam sem parar.
Ísis, rainha egípcia dos deuses,
lutava contra a equivalente grega, Hera.
−Seu vestido é horroroso! − exclamou
Hera.
−Como ousa? − Ísis pegou um arco e
flecha e disparou então uma flecha multicolorida na grega.
−Ah! Minha pele queima! Como fez esse
feitiço tão poderoso?
− Na verdade acabei de inventar, acho
vou batizá-lo de arco-ísis (que hoje em dia chamamos de arco-íris).
E na terra a batalha continuava. Quando
o general egípcio Tutancâmon ia morrer pela espada do poderoso Ulisses, o deus
chacal Anúbis lançou uma faca nas costas de Ulisses, que caiu morto no chão.
Já haviam se passado três anos de
guerra e todos estavam exaustos de tanto lutar. Então finalmente Rá, o deus
sol, largou o cadáver de Apolo, seu inimigo recém-derrotado e pronunciou,
gritando para todos ouvirem, gregos e egípcios, mortais e deuses:
−Basta!
Essa luta deve ter um fim! Ó nobre Zeus, que seus exércitos parem de lutar por
um breve intervalo! Precisamos conversar.
−Concordo ó
rei Rá−ele então se virou para os gregos - Soldados gregos, deuses do panteão
olímpico! Terei uma negociação de paz com Rá, enquanto isso vocês podem
descansar e cuidar dos feridos. O mesmo vale para vocês, povo egípcio.
Então os dois reis foram
até o Olimpo, a morada das divindades gregas. Após se sentarem e tomarem néctar
(a bebida divina), eles começaram. Zeus foi o primeiro a falar:
−Acho que nós dois
concordamos que o fim dessa luta não está próximo.
−Sim, muitos de meu povo
já faleceram nessa batalha. Perdi Tot, meu melhor mago. Meu general mortal
Ramsés também já foi morto.
−Por mais que ele não seja
seu aliado, Apófis também já matou vários gregos, incluindo meu irmão
Poseidon. Perdi minha amada Atena,
Ulisses também faleceu e meu filho Hércules está gravemente ferido.
−Enfim, concordo que as
baixas são grandes em ambos os lados e que essa luta talvez nunca tenha fim. Eu
estou considerando te perdoar por ter matado Osíris, mas apenas para acabar com
essa luta.
−Mas eu não matei ninguém
antes dessa guerra! Eu nem o conheci! Foi você que começou, queimando meu irmão
Hades até a morte!
−Nem eu, nem sabia que
Hades estava morto.
−Então temos algum
desentendimento.
De repente, uma fumaça
negra surgiu e Cronos apareceu no meio do Olimpo.
−Pai! – exclamou Zeus –
como ousa entrar no meu santuário no meio dessa guerra? Você escapou, mas não
mandei ninguém atrás de você, deixei você livre! Já tinha outras preocupações,
agora vá embora!
−E se eu dissesse que eu
sou o motivo dessa guerra toda? E se eu dissesse que eu matei ambos Osíris e
Hades? – respondeu o titã.
−Faz sentido, seu filho da
mãe! – Rá deu um grito de chamado e dezenas de falcões míticos saíram do chão,
atacando Cronos.
O vilão apenas fez um leve
aceno de mão e, tanto as aves como seu criador ficaram petrificados. Zeus então
arremessou um raio em Cronos, que apenas o desviou com sua foice.
−Ninguém nunca poderá me
deter filho – disse o titã, fazendo o mesmo que fez com Rá e paralisando o rei
grego.
−Eu posso. Eu sou o Caos.
Eu sou a morte. Eu sou seu pior pesadelo. Eu sou Apop (apenas os gregos o
chamavam de Apófis, no Egito seu nome era Apop)– disse o demônio serpente
egípcio, que acabara de chegar ao Olimpo após matar o deus grego dos mares.
−Venceria você de olhos
fechados – respondeu o Tempo, confiante.
−Então cumpra sua ameaça!
– falou o demônio serpente com uma voz sombria pior até que a de Cronos.
Apop abriu a boca e de lá saiu uma
névoa negra, fazendo com que ele visse seu oponente sem que Cronos o visse.
Apófis então foi rastejando até o titã, e engoliu-o de uma vez só em um bote
rápido.
−Ninguém pode me deter! Agora que os
gregos saíram de minhas terras, finalmente poderei matar Rá e trazer o Caos
para o mundo! Hahahaha! –ele então
começou a contorcer-se− Esse titã ainda está vivo dentro de mim! Estou fraco...
Neste momento Zeus e Rá
acordaram. Após entenderem a situação, Rá conjurou a magia Ma’at (ordem) e
apesar de normalmente não ser tão fácil ferir Apop, o demônio explodiu em raios
vermelhos. No lugar dele, surgiu algo como um portal, um buraco negro que se
expandia sem parar.
Rá, Zeus, Aquiles e todos
os outros foram sugados para este portal. Então graças à explosão de Cronos
eles voltaram alguns anos para o passado, quando nada disso ainda havia
acontecido. Por serem de épocas e lugares distintos, esses deuses nunca mais se
encontraram novamente, e por estar fraco, Cronos nunca mais tentou um ataque
parecido.