Tuesday, June 10, 2014

O druida, o macedônio e o filho do rei

A proposta desse texto era escrever utilizando palavras específicas, que estão em negrito aqui.

O filho do rei estava enfermo, apesar dos régios remédios que lhe eram oferecidos. O rei estava muito preocupado, e chamou o melhor druida do reino, que disse:
                “Acho que há uma joça muito grande envolvida, quiçá ele tenha uma pequena chance de sobreviver, mas a doença é muito contagiosa” ele fez uma pausa dramática e uma cara triste: “Por enquanto ele deve permanecer em quarentena, em uma torreescrupulosamente vigiada 24 horas por dia”. Outra pausa dramática: “Se ele não melhorar em sete dias, não haverá mais esperança, e ele morrerá”.
                O rei tentou dissuadir o druida, para que ele e seu filho pudessem passar seus últimos dias juntos, mas ele disse que era para o bem de todos, e o príncipe concordou. Sete dias depois, ele morreu.
FIM DA PARTE UM

                Depois da morte do príncipe, o druida entrou em depressão por causa da culpa de não tê-lo salvo, e seu mudou para um sorumbático castelo distante e permaneceu lá por muitos anos.
                Um belo dia, Patrick, um amigo macedônio do rei, foi visitá-lo e pediu informações sobre o druida, pois viu em um sonho que precisava vê-lo. O rei disse que o druida havia ido embora, mas o outro não acreditou. Atônito, ele disse:
                “Como assim? Isso é impossível! A inverossimilhança dessa afirmação é absurda! Diga-me então para onde ele foi.”
                O rei não quis dizer, e Patrick teve que usar toda sua lábia para conseguir a informação e finalmente poder ir para o castelo.
                Após dias caminhando, chegou no castelo sombrio. Lá dentro, encontrou o druida cantarolando enquanto golpeava inimigos imaginários com uma faca cuja lâmina estava embotada e cujo cabo era estranhamente diáfano e brilhante. Quando o avistou, o mago começou a tripudiar dizendo que ganhara a batalha contra o mal e disse:
                ”Finalmente você veio! Agora que está aqui, preciso que ache uma coisa para mim. Já não estarei mais vivo quando você voltar, mas preciso saber que alguém digno ficará com a Pedra e que ela não caia em mãos erradas.”
               
FIM DA PARTE DOIS

                Em seus últimos minutos de vida, o druida incumbiu Patrick de viajar até um arquipélago distante e encontrar a Pedra Filosofal, que concede o poder da imortalidade em quem tocá-la.
                Então, ele contratou uma tripulação de marinheiros e depois de três meses procurando, eles acharam a Pedra. Patrick foi o único que tocou nela, pois seus marujos sabiam que a imortalidade era uma benção, mas também uma maldição.
 Porém, ao sair de uma árida baía em que haviam parado para reabastecer, eles foram atacados por piratas. O macedônio, apesar de ser um exímio guerreiro, foi derrotado e se jogou no mar. Seu barco foi saqueado e queimado, e seus homens, mortos. Os piratas porém, não sabiam da Pedra, que estava no bolso de Patrick.
                Sem barco e sem comida, ele achou uma madeira que flutuava e ficou lá, meneando para sempre no oceano sem fim com a Pedra da Imortalidade em seu bolso.

Monday, June 9, 2014

Mito Grego

Este é um mito grego que escrevi há um ano.


 A grande batalha entre povos

Após ser enganado por Cronos, Ares, que guardava as portas do Tártaro(a prisão dos deuses) foi obrigado a libertar o titã.
Apesar de ser um deus, o icor (sangue dos deuses) de Ares pingava por todos os lados, enquanto o deus lutava com Cronos, o titã do tempo.
−Ah! − Ares gritou ao ter seu peito perfurado pela foice do inimigo − Eu.. COF COF... Sou o deus da guerra... Nunca me matará... COF COF...
−Você só se esqueceu de um detalhe − só a voz de Cronos já provocava calafrios em quem a ouvisse −Que eu sou Croonoooooos!
E então o titã cortou a cabeça de Ares, que se desintegrou em pó.

3 MESES DEPOIS


−Lutem seus fracotes! − O guerreiro Aquiles gritava para seus homens, que caiam aos montes.
Acontece que Cronos, ao sair de sua prisão, utilizou todas as suas artimanhas e poderes temporais para colocar Zeus, o rei grego dos deuses, contra Rá, o rei egípcio dos deuses. Com todos os deuses gregos lutando contra os deuses egípcios, os mortais do Egito Antigo também lutavam contra os guerreiros humanos da Grécia.
Enquanto Aquiles liderava os gregos de Mecenas, Tutancâmon liderava os egípcios.
−Vamos! Matem aqueles malditos que desonram o poderoso Rá! − disse Tutancâmon.
Espadas batiam contra lanças e os gritos eram tantos que era impossível saber  de qual lado eram as baixas.
Até Apófis, o Caos, parou de lutar contra Rá e iniciou uma luta com Poseidon, o deus grego dos mares.
O herói grego Hércules lutava contra Ramsés, faraó egípcio que tinha poderes do deus Hórus. Ramsés agitava seu khopesh (espada com ponta curva) e golpeava o escudo de Hércules.
−Morra escória grega! Eu invoco o senhor Hórus! − assim que disse isso, o faraó cresceu até se tornar um falcão gigante que brilhava com uma luz azul, a personificação de Hórus, o deus da guerra.
−Ah! É hoje que eu morro... − disse Hércules.
A espada gigante de Hórus desceu fazendo uma curva, e ele estavam prestes a decepar o grego quando uma voz grossa e alta gritou dos céus:
−Saia de perto do meu filho seu passarinho de uma figa! − Zeus lançou um raio em Ramsés, que simplesmente desapareceu.
− Obrigado pai! − disse Hércules pouco antes de desmaiar.
Enquanto isso, no céu, a batalha de deuses acontecia de uma forma quase tão desagradável. Bastet, a deusa gata, lutava contra a deusa grega da sabedoria Atena e Tot, deus egípcio do conhecimento, lançava feitiços explosivos em Hermes, mensageiro grego dos deuses.
As baixas eram grandes, tanto deuses quanto mortais de ambos os lados morriam sem parar.
Ísis, rainha egípcia dos deuses, lutava contra a equivalente grega, Hera.
−Seu vestido é horroroso! − exclamou Hera.
−Como ousa? − Ísis pegou um arco e flecha e disparou então uma flecha multicolorida na grega.
−Ah! Minha pele queima! Como fez esse feitiço tão poderoso?
− Na verdade acabei de inventar, acho vou batizá-lo de arco-ísis (que hoje em dia chamamos de arco-íris).
E na terra a batalha continuava. Quando o general egípcio Tutancâmon ia morrer pela espada do poderoso Ulisses, o deus chacal Anúbis lançou uma faca nas costas de Ulisses, que caiu morto no chão.
Já haviam se passado três anos de guerra e todos estavam exaustos de tanto lutar. Então finalmente Rá, o deus sol, largou o cadáver de Apolo, seu inimigo recém-derrotado e pronunciou, gritando para todos ouvirem, gregos e egípcios, mortais e deuses:
                −Basta! Essa luta deve ter um fim! Ó nobre Zeus, que seus exércitos parem de lutar por um breve intervalo! Precisamos conversar.      
                −Concordo ó rei Rá−ele então se virou para os gregos - Soldados gregos, deuses do panteão olímpico! Terei uma negociação de paz com Rá, enquanto isso vocês podem descansar e cuidar dos feridos. O mesmo vale para vocês, povo egípcio.
         Então os dois reis foram até o Olimpo, a morada das divindades gregas. Após se sentarem e tomarem néctar (a bebida divina), eles começaram. Zeus foi o primeiro a falar:
         −Acho que nós dois concordamos que o fim dessa luta não está próximo.
         −Sim, muitos de meu povo já faleceram nessa batalha. Perdi Tot, meu melhor mago. Meu general mortal Ramsés também já foi morto.
         −Por mais que ele não seja seu aliado, Apófis também já matou vários gregos, incluindo meu irmão Poseidon.  Perdi minha amada Atena, Ulisses também faleceu e meu filho Hércules está gravemente ferido.
         −Enfim, concordo que as baixas são grandes em ambos os lados e que essa luta talvez nunca tenha fim. Eu estou considerando te perdoar por ter matado Osíris, mas apenas para acabar com essa luta.
         −Mas eu não matei ninguém antes dessa guerra! Eu nem o conheci! Foi você que começou, queimando meu irmão Hades até a morte!
         −Nem eu, nem sabia que Hades estava morto.
         −Então temos algum desentendimento. 
         De repente, uma fumaça negra surgiu e Cronos apareceu no meio do Olimpo.
         −Pai! – exclamou Zeus – como ousa entrar no meu santuário no meio dessa guerra? Você escapou, mas não mandei ninguém atrás de você, deixei você livre! Já tinha outras preocupações, agora vá embora!
         −E se eu dissesse que eu sou o motivo dessa guerra toda? E se eu dissesse que eu matei ambos Osíris e Hades? – respondeu o titã.
         −Faz sentido, seu filho da mãe! – Rá deu um grito de chamado e dezenas de falcões míticos saíram do chão, atacando Cronos.
         O vilão apenas fez um leve aceno de mão e, tanto as aves como seu criador ficaram petrificados. Zeus então arremessou um raio em Cronos, que apenas o desviou com sua foice.
         −Ninguém nunca poderá me deter filho – disse o titã, fazendo o mesmo que fez com Rá e paralisando o rei grego.
         −Eu posso. Eu sou o Caos. Eu sou a morte. Eu sou seu pior pesadelo. Eu sou Apop (apenas os gregos o chamavam de Apófis, no Egito seu nome era Apop)– disse o demônio serpente egípcio, que acabara de chegar ao Olimpo após matar o deus grego dos mares.
         −Venceria você de olhos fechados – respondeu o Tempo, confiante.
         −Então cumpra sua ameaça! – falou o demônio serpente com uma voz sombria pior até que a de Cronos.
Apop abriu a boca e de lá saiu uma névoa negra, fazendo com que ele visse seu oponente sem que Cronos o visse. Apófis então foi rastejando até o titã, e engoliu-o de uma vez só em um bote rápido.
−Ninguém pode me deter! Agora que os gregos saíram de minhas terras, finalmente poderei matar Rá e trazer o Caos para o mundo! Hahahaha! –ele então começou a contorcer-se− Esse titã ainda está vivo dentro de mim! Estou fraco...
         Neste momento Zeus e Rá acordaram. Após entenderem a situação, Rá conjurou a magia Ma’at (ordem) e apesar de normalmente não ser tão fácil ferir Apop, o demônio explodiu em raios vermelhos. No lugar dele, surgiu algo como um portal, um buraco negro que se expandia sem parar.
         Rá, Zeus, Aquiles e todos os outros foram sugados para este portal. Então graças à explosão de Cronos eles voltaram alguns anos para o passado, quando nada disso ainda havia acontecido. Por serem de épocas e lugares distintos, esses deuses nunca mais se encontraram novamente, e por estar fraco, Cronos nunca mais tentou um ataque parecido.
        

         

Friday, June 6, 2014

Introdução


Criei este blog porque adoro ler e escrever, e acredito que existem outros jovens adolescentes que também gostam. Vou compartilhar textos meus para ver o que acham, e poderemos trocar ideias e textos também.

A bola

Na aula de português eu deveria escrever um texto sobre "A bola", mas não tinha ideia sobre o que escrever, acabei escrevendo isso.

Que bola?
O menino já estava perdendo a paciência. Como escrever um texto sobre a bola? A redação era para o dia seguinte, já eram seis da tarde e ele nem tinha começado.
Estava sem ideias, já fizera tudo para se sentir inspirado, mas as ideias simplesmente não surgiam. Poderia escrever um texto sobre a origem da bola, quem sabe.
                Internet.
                Google.
                Origem da bola.
                Pensando melhor, quem iria querer saber que existem desenhos de bolas em cavernas há mais de 5.000 anos?   Ninguém. Será que o texto ficaria bom se ele mencionasse a presença da bola em civilizações como os Romanos, Maias e Gregos?  Não.
 Melhor fazer uma história fictícia então. Bom, que tal uma história sobre um mago que tem bolas mágicas? Hum... não. Alienígenas que tem naves em formato de bola? Ridículo. Joãozinho acha uma bola dos deuses ?“não vó, obrigado pela ideia”.  
Seis e meia, e nem o título estava pronto.  Também havia a opção de escrever sobre os tipos de bola. Mas não, ele também não queria passar horas listando as dezenas de tipos de bola que existem, cada uma com um tamanho e peso diferente.
Melhor então dizer para a professora que o cachorro comeu o dever. Não, isso é errado e ela nunca acreditaria. Que tal então uma história sobre a história, tipo metalinguagem?  Perfeito, é isso que ele faria.